quarta-feira, 10 de julho de 2013

Notas pessoais... (não filosóficas, e sem correções de digitação)

Hoje pressinto algo incrivel: que finalmente encontrei a pessoa certa na minha vida. Varios pensamentos, então, me veem à mente sobre como isso ocorre e como é possivel, e mais ainda, se tem fundamento. Nunca tive muitas experiencias em viver ao lado de muitas pessoas, em conviver enfim, com diversas personalidades. Tive apenas na minha vida toda dois relacionamentos que me ensinaram muita coisa do laisse-faire de namorar. Engraçado lembrar que nos meus anos de adolescencia nem mesmo sonhava em me relacionar com nenhuma menina, com ninguem. Via a coisa com repulsividade inclusive, estava bastante crédulo que a vida é um ermo é só tem sentido desta forma. Até as mais singelas oportundiades de meninas que raramente se aproximavem iria afugentando para o ostracismo; eu queria mesmo é ficar sozinho, e tinha fé que deveria ser assim à vida toda.
Com base nisso o tmepo foi passando, e muitas experiencias que eu via meus colegas de minha idade ter serem proibidas por mim mesmo. Festas, bebedeiras, paqueras, namoros relampagos, experiencias com drogas e amizades numerosas. Ficava me questionando, no fim desse periodo, se minha abstinecia fora memso util, se meu lançamento tardio no mundo seria algo realmente importante. Varias vezes pensei que minha atitude de trocar os outros pelo engrandecimento de si mesmo fora a coisa mais estupida que já fiz. Encantado pela filosofia, e pela sua visão das coisas, não podia conter o desejo de ver além das coisas superficiais; e nesse caso achava que tudo a minha volta era superficial, em termos da vida do adolescente. Se por um lado meu a dúvida que se entregar à "sujeira" do mundo (hahaha visão maldosa e egocentrica) e viver tudo aquilo que os meus colegas viviam por força da maioria, seria algo importante para "crescer" espiritualmente, o outro lado me dizia com um olhar curioso que aquilo era superficial, e doravante incorreto: atrassaria a visão adulta das coisas... foi duro conviver com essa pergunta nos ouvidos, e até a estratificação promovida por ela... mas no fim a filosofia e o seu legado perene venceram, me neguei de todas essas experiencias, pois já em seus primórdios um contato comigo mesmo e com o desenvolvimento da mente já me trazia resultados; percebia um mundo rejeitado pelas pessoas de minha idade, um mundo mais encantador que aquele que era deificado como o único: o prazer.
E assim cresci, acreditando que relacionamentos, inclusive nesta esfera pessoal, eram coisas que não faziam sentido, eram superficiais. Sim, eu era um platonista nato: desejava aquilo que era eterno e seguro; a razão e a verdade por detrás da estrutura aparente... sempre fui assim confesso! desde pequeno adorava ver e saber como era o mecanismo que jazia internamente nas coisas e lhes permitia seu funcionamento. Então, cego à essa visão neguei-me relacionar afetivamente com os outros, no sentido de afetividade; não significava que eu era uma pessoa contra mas sim indiferente: falava muito calmamente com aqueles que falam comigo, e só. Não ia de encontro à me aprofundar mais naquilo que elas me questionavam e nem fazia questão de procura-las em busca de minhas resposta... isso era função da filosofia!
Então, vendo o tempo passar, e esta estratificação crescer, me deparei com a universidade... as coisas mudaram ai! vi que aquilo que tinha esperado e me restringido fora-me muito util para apreender tudo aquilo que a ciencia tem a oferecer: estudar e se conscentrar não eram problemas! mas a coisa exigia mais que isso... mesmo com o sucesso academico, ainda tive muitos problemas e duvidas do fim e por que do fazer aquilo, de estudar e apreender a ver as coisas por detras da aparencia. Não tinha motivos para continuar a jornada, via que certas experiencias faziam falta; se relacionar com as pessoas e ser afetuso me parecia algo que tinha um certo motivo de ser.
Decidi mudar os planos! e então, com 19 anos mudei a rota do pensamento: me relacionar também era uma experiencia que merecia ser vivida. Então, em busca do tempo perdido procurei conhecer pessoas... ainda que um grupo seleto delas, não aquelas que corriam para sua autro aniquilação e consideram-se feliz em viver em auto contradições (pessoas extremamente religiosas e baderneiros drogados tinham o mesmo significado por mim, e ainda tem, com base no que falei acima). Decidi procurar aqueles que, no minimo, tinham prazer em olhar mais atentamente para o mundo... amantes da filosofia. Conheci 3 pessoas! Ou melhor, elas me conheceram... enfim... A amizade delas fora importante, e ainda é. Conversar e aprender mais a ouvir o outro e também falar para o outro foi algo que aprendi e mais considero nesta experiência.
Vi que, ao me relacionar encontrava aqueles motivos de apreender e continuar cnhecendo, as coisas faziam sentido, e mais que isso; aprendia novas coisas e novas visões de mundo que não tinha notado antes. Era o milagre de se relacionar.
O tempo foi passando e as perguntas vieram sobre o ponto da sexualidade, mais precisamente; em encontrar uma parceira. Sem nada definido, uma destas amizades me ofereceu aquele caminho que esperava; ter pelo menos uma vez na vida, a experiência em namorar alguém. pela primeira vez tive contato mais intmimo com os sentimentos que tanto reprimia, estava então à um passo em me tornar uma pessoa mais afetuosa e sensivel. E foi isso o que aconteceu, em meios a dificuldades, aprendi muito nesse primeiro relacionamento em termos de sentimentos. Isso resolveu aquelas dúvidas que pairavam na minha cabeça sobre motivação do caminho do pensar... entender a outra pessoa foi uma coisa extraordinária, maravilhosa, e não só do ponto de vista espiritual mais também físico: novas experiencias, sensações, e desejos.
O outro lado também veio, afinal quem aprende a amar apreende a odiar... E por conta de diversos problemas apreendi que sentimentos não possuem foco, e não se dá pra viver em norte deles, a razão em si apresentava estes problemas, e os sentimentos também.. enfim, aprendiq ue o equilibrio de ambas era necessario. Foi um grande passo.
Por viver essas coisas tardiamente, e sempre com a perspectiva filosofica, aprendi, confesso, essas coisas de um modo diferente. Por mais que quissese voltar atras e retomar as experiencias que perdi, vi que mesmo se o fizesse não decorreria no mesmo caminho dos outros, já era tarde demais... a filosofia já deixara sua marca impreterivelmente. Desesperançado em ver que não poderia me tornar igual aos que um dia rejeitei, o jeito era seguir em frente com aquele caminho... e ver até onde iria essa coisas sinistra que se chama vida. Por conta disso, cresceu um jovem que costumo dizer de adolescente velho, por causa de viver na ponta dos dois abismos: viver a vida de adolescencia com aquelas consciencia da filosofia como norteadora.
Isso foi bom nas partes de namorar, por que, tive que reconhecer, (por ser reconhecido!) que namorar comigo era uma experiencia diferente, segundo as pessoas que me relacionei. Ao mesmo tempo que cuidava muito da relação, sendo atencioso, sabendo como agir em tais circunstacia sem dúvida ou irresponsabilidade, e acima de tudo sendo companheiro e amigo ouvindo e aconselhando os problemas da namorada. Ser reconhecido por isso era muito bom, e por conta disso, eu acho, que meus relacionamentos foram bastante estáveis e com um forte laço de encanto e carinho. Mas ao mesmo tempo, via que a coisa atingia porporções erradas na medida em que me sentia um "pai" mais que um namorado: por ser um adolescente velho, sim, eu pecava nestas condições.... e quantas vezes eu não chegava a pensar: "por que voce fez isso minha filha... quer dizer, meu amor?", "não se preocupe minha querida, eu vou cuidar de tudo, estou aqui para lhe ajudar, seja no que for, sempre dei um jeito não concorda?" Enfim, coisas que pais falavam para os filhos... isso me pertubava.
Eu tinha namoradas ou filhas?! Pois é, nesse ponto essa confusão era algo arrasador, por que também percebia que namorar era para elas algo como "agora me sinto segura" ou "tenho o David pra me ajudar, ele sabera o que fazer"... O que era isso afinal?! namoro significava isso? e minhas perguntas? como eu faria pra conviver com aquelas duvidas sobre a vida e sobre as coisas? Oras!!! não tive dúvidas, não adiantava namorar assim, era como estar sozinho apesar de estar acompanhado... e por vezes, era mais um entrave tanto físico quanto mental!! O que eu fiz então? cheguei a conclusão que namoro era algo superficial e que talvez estivesse certo em viver sozinho, ninguem poderia parecer ter a mesma visão de COMPARTILHAR a vida ao invez de entregar ao namoro apenas o objetivo de resolver problemas da outra pessoa.
Mas dai, onde eu encontraia uma pessoa que realmente quisesse SOMAR experiencias e não me SUBTRAIR delas com uma espécie de paternidade??? Será que existiam mulheres de minha idade com pensamento c´ritico? Será? Isso seria possivel? Eu nunca tinha visto!!! nem mesmo uma com um tendencia à filosofia e ao pensar próprios...
Isso me causou muita desesperança... não existe! quantas vezes eu disse isso... E em meio a amargura, sem motivos para procurar mais o que já tinha procurado, do nada, aparece-me a luz no fim do túnel: eins que inesperadamente encontro a pessoa que me supreende, que agiu totalmente diferente do que eu esperava, alguem realmente que eu não pdoeria prever por conta de possuir aquilo que eu procurava: PENSAMENTO próprio!!!
Não preciso dizer como me senti feliz... como estou agora. =D
Finalmente, poderei amar alguem com todas as forças, sem medo, até por que, se não for pra ser, por que não amaria afinal??? medo de se machucar?! Não!! que se danem as perspectivas futuras de se auto preservar emotivamente, se não for agora nunca o será, e nem quero mais fugir.. vou apostar tudo, não tenho o que perder nesse jogo, a vida não é auto-renuncia mais um impulso!! por conta disso não me importo mais em me machucar, passar momentos tristes ou felizes, afinal, seria muito melhor isso do que a velha imagem do mundo em tom de cinza, em que qualquer vestígio de cor significava: voltemos ao ponto de partida.

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